Olga, a sexóloga
Convivo com a Olga, esse ser inquieto, autoritário, virtual, sempre de dedo em riste, sempre com a última palavra na ponta da língua, desde a sua criação. Ela representa uma fatia insatisfeita do público feminino, entre os 25 e os 35 anos, pós revolução feminista, pós hippie, pós tudo que a minha geração tentou conquistar. Já circulou em tiras de jornais, em zines, já participou de encontros de HQ, agora ela ganha um livro. Um espaço só seu, que vai lhe abrir portas, lhe dar voz e vez. A Olga discute vários anseios da mulher contemporânea: o empoderamento pelo trabalho, o direito de decidir sobre quando e se quer ser mãe (ou não), o direito de falar para o seu parceiro sobre os cuidados que deve tomar para não engravidar, para não transmitir ou contrair DSTs, a autoridade de decidir sobre o seu corpo, enfim, sobre o seu prazer e o seu desejo. Sem papas na língua. Olga também fala sobre os mitos e os aprisionamentos causados pela escravidão voluntária aos padrões de beleza cruéis, restritivos e autoritários. Enquanto houver uma mulher carente ou submissa a padrões de beleza massificantes, ditames religiosos estreitos e acachapantes, haverá um lugar para Olga e o seu feminismo. Leia mais
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