Gibiteca Henfil
Henrique Magalhães Criada em novembro de 1990, a Gibiteca Henfil surgiu com o projeto de extensão do Professor Henrique Magalhães para o Departamento de Comunicação e Turismo - Decomtur - da Universidade Federal da Paraíba. O projeto contou com a parceria da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, do governo do Estado, que cedeu um box para sua instalação. A Gibiteca Henfil, por meio de comodato, permaneceu no Espaço Cultural até o início dos anos 2000, quando foi transferida para o Decomtur e em seguida para o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da UFPB. Em 2015 a Gibiteca Henfil voltou ao seu local de origem, o Espaço Cultural, depois de ampla reforma desse equipamento cultural. Para seu retorno, contribuíram a presidente da Fundação, Márcia Lucena, e a Coordenadora de Quadrinhos Thaïs Gualberto, que não mediram esforços para sua nova instalação. A reabertura da Gibiteca Henfil se deu em agosto, durante o evento “Quadrinhos Intuados”, com ampla programação voltada aos quadrinhos.
O acervo inicial foi composto pelas publicações do Professor Henrique, que resolveu socializar sua já grande coleção de quadrinhos e fanzines, que remontavam à década de 1960, a exemplo de toda a série de revistas do Homem Aranha, da Ebal, e dos Clássicos Walt Disney, com adaptações das animações de longa-metragem, além de inúmeras revistas de vários gêneros e publicações alternativas de todo o país. Ressalte-se o valoroso acervo de fanzines com várias temáticas, com destaque aos de quadrinhos, que foram adquiridos durante a realização do Mestrado do Professor, cuja dissertação defendida na Universidade de São Paulo tratava de forma pioneira sobre esse gênero alternativo de publicação. Parte desse trabalho viria a se tornar em 1993 o primeiro livro no país a abordar os fanzines, “O que é fanzine”, pela Coleção Primeiros Passos, da editora Brasiliense.
Com o tempo, por meio de campanhas e mesmo doações espontâneas, a Gibiteca Henfil conseguiu ampliar consideravelmente seu acervo, tanto com publicações internacionais quanto com as edições atualizadas do mercado. Peças raras servem para fundamentação de pesquisas acadêmicas, enquanto os jovens e crianças se empolgam com a variedade de revistas e álbuns para leitura e inspiração para suas criações. Além de abrir as portas para divulgar os artistas de casa e autores desconhecidos, a Gibiteca faz com que as pessoas conheçam mais sobre o universo das HQ ao incentivar a leitura dos quadrinhos. Para o jornalista Joel Cavalcanti, em reportagem publicada em 2021 no jornal A União, "Em um dos equipamentos instalados no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, se preserva um acervo que conecta leitores com a dimensão do mundo fantástico da literatura em quadrinhos. É entre cerca de cinco mil volumes que a Gibiteca Henfil reúne raridades e coleções preciosas mundiais e nacionais que estão marcadas na história dessa arte. O material também cria uma curadoria das publicações mais importantes da atualidade, com espaço para prestigiados artistas paraibanos".
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